O sistema de saúde brasileiro pode ter seus problemas, mas uma coisa é fato: nosso país é referência mundial na fabricação e na aplicação de vacinas. Entre elas, as primeiras vacinas do bebe são as mais importantes, visto que protegem contra uma série de doenças que poderiam surgir. Na infância, como também na fase adulta.

No entanto, algumas dúvidas podem surgir sobre a sequência correta das vacinas e a idade de aplicação para manter o cartão da criança em dia, não é mesmo?

Mas fique tranquila, pois todas estas questões serão esclarecidas agora mesmo! Vamos lá?

Importância da vacinação infantil

A vacinação infantil tem grande importância nas obrigações médicas que os pais precisam ter com seus filhos. Constantemente há a divulgação de campanhas de mobilização para que as crianças sejam levadas aos postos médicos para tomarem suas doses.

Essa mobilização acontece de forma sazonal, de acordo com a finalidade da vacina, e atende a milhões de crianças por todo país, reduzindo cada vez mais a incidência de várias doenças em crianças, por meio de um método preventivo.

O post a seguir falará mais sobre a importância dos programas de vacinação infantil e como é fundamental seguir o calendário, mantendo a caderneta preenchida e a criança longe de doenças. Continue a leitura e confira!

Calendário das campanhas de vacinação

Constantemente os pais ouvirão a respeito das campanhas para cada uma das vacinas, mas é importante que tenham o controle exato de quais seus filhos já tomaram ou ainda precisam, para que nenhuma falte.

A melhor maneira de fazer isso é ter acesso ao calendário. O site do Ministério da Saúde disponibiliza essa programação completa no seu portal, e você pode conferir aqui:

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Vacinas para bebês e recém nascidos

O estabelecimento do Programa Nacional de Imunizações (PNI), em 1973, tem muito o que comemorar, pois erradicou a paralisia infantil e a varíola, doenças que afetaram diversas camadas da população nas décadas anteriores. Mas, além delas, algumas doenças ainda exigem atenção especial e, por isso, a imunização contra elas é obrigatória. Veja quais são:

BCG (Bacilo Calmette-Guérin)

Dose única dada logo depois do nascimento, em bebês com mais de 2 kg de peso. Essa vacina protege contra a tuberculose, uma infecção grave e potencialmente fatal: afeta os pulmões e, por vezes, pode atingir os ossos, as articulações e os rins.

A BCG é a responsável pela famosa cicatriz no braço direito da maioria das pessoas. Se a cicatriz não se formar, a dose será repetida após 6 meses.

VHB (Contra Hepatite B)

A hepatite B é uma doença grave causada por um vírus que ataca o fígado e também pode causar problemas como cirrose, câncer e insuficiência hepática. São 3 doses, e a primeira é aplicada ao nascer.

Pentavalente

Protege contra difteria, coqueluche e tétano (antiga tríplice bacteriana), meningite, hepatite B e infecções causadas pelo Haemophilus influenzae tipo B. Suas doses são aplicadas aos 2, 3 e 6 meses, com um reforço da tríplice bacteriana aos 15 meses.

Poliomielite

A paralisia infantil foi erradicada no país após o estabelecimento das vacinações. No entanto, a batalha contra essa doença continua: as doses são dadas aos 2, 4 e 6 meses de vida.

Pneumocócica Conjugada

Adicionada ao calendário de vacinações em 2010, ela protege contra doenças como otite, pneumonia e sinusite. As doses são aplicadas aos 2, 4 e 12 meses de vida.

Meningocócica C Conjugada

Prevenção contra a meningite C. Deve ser plicada em três doses: aos 3, 5 e 12 meses (dose de reforço).

Tríplice Viral

Essa vacina previne o sarampo, a rubéola e a caxumba. A sua primeira dose é aos 12 meses, com um reforço aos 15 meses. A dose de reforço é combinada à vacina contra a varicela.

Vacinas para crianças mais velhas

Vacina contra HPV

A campanha de vacinação contra o HPV também deve ter o seu devido destaque, já que para as meninas ela começa aos 9 anos, indo até os 14, com duas doses em um intervalo de 6 meses.

Já os meninos começam a ser vacinados a partir dos 12, indo até os 13 anos, também em duas doses em um intervalo de 6 meses.

A inclusão da doença no calendário nacional de vacinas é recente, mas muito importante, levando em conta que o HPV pode desenvolver doenças graves como o câncer. Portanto, pais precisam estar em alerta.

Quais as vacinais mais importantes?

O Ministério da Saúde define um calendário de vacinação infantil, entendendo que as crianças precisam seguir essa programação para que se desenvolvam saudáveis, sem permitir que haja a incidência de uma série de doenças.

O calendário abrange as crianças até os 10 anos, pois entende-se que essas vacinas relacionadas são as essenciais até o período, dividindo-as entre doses durante esse tempo. É importante que o calendário seja seguido rigorosamente, em prol do crescimento saudável e da prevenção de doenças.

Entre as principais vacinas está a poliomelite, que tem como função combater a paralisia infantil. Ela conta com grandes campanhas veiculadas nas principais mídias, tamanha a importância para o desenvolvimento saudável da criança.

Quais documentos necessários para vacinar?

O principal e único documento necessário para a criança seja vacinada é a carteira de vacinação. Ela é o controle e também o histórico de tudo que a criança já tomou até então, registrando tudo detalhadamente em relação a data e qual dose foi aplicada.

Esse controle evita que, em caso de confusão dos pais, a criança tome novamente alguma vacina que já havia sendo aplicada, evitando qualquer tipo de problema. Portanto, além de servir como identificação, é imprescindível levar a carteira para a vacinação, já que ela funciona como um controle.

O que fazer em caso de perda da carteira?

O recomendado é o cuidado total com a carteira de vacinação, entretanto, se a criança tomou todas as vacinas no mesmo posto de saúde, há a possibilidade de não precisar da carteira, sem que acarrete em algum problema maior.

Isso acontece pois os postos têm todo o registro de quem a dose de vacina já foi aplicada, então eles poderão constatar que a criança está ou não em condições de tomá-la novamente. Os pais também podem pedir uma cópia do cartão de vacinação, para assim seguir o controle e saber o que a criança já tomou

É importante frisar que não é ideal contar com o fato de o posto ter esses registros, pois por algum motivo ele pode ter perdido. Considere isso apenas para casos de perda. Levar a carteira é sempre a opção mais correta!

Caso a criança tenha sido vacinada em diferentes postos, o recomendável é que o indivíduo receba novamente as doses necessárias até o presente momento, respeitando o calendário do Ministério da Saúde. A partir daí, é recebido um novo cartão.

É possível escolher entre gotinha e injeção?

Infelizmente essa não é uma possibilidade! Realmente, algumas crianças não lidam bem com o fato de terem que tomar injeção, mas essa questão vai um pouco além do simples método de aplicação, e as doses seguem o calendário nacional.

Desde 2012, crianças que nunca tomaram a poliomelite, por exemplo, tiveram que receber as duas primeiras doses por meio de injeção, e a terceira dose e o reforço foram por meio da gotinha.

Sendo assim, não há como interferir nessa questão, pois cada vacina tem sua eficiência com uma maneira específica de aplicação. Só cabe aos pais tranquilizá-las e estar por perto no momento da injeção! Com o tempo, o medo diminui, já que são poucas as que realmente doem além do normal.

O que fazer se perder o dia de vacinação infantil?

As campanhas de vacinação estabelecem períodos exatos para que os pais levem as crianças ao posto de saúde, entretanto, algum fator pode causar a perda desse prazo, o que não é motivo para se desesperar. A criança não ficará doente do dia para a noite, mas talvez mais vulnerável depois de um tempo.

O que os pais devem fazer é levar o jovem ao posto o mais rápido possível, preferencialmente dentro de 15 dias depois do fim do prazo da campanha, pois é bem provável que os locais ainda tenham a vacina disponível.

Essa programação acontece justamente para evitar que as crianças estejam expostas a incidência de alguma dessas doenças que contam no calendário nacional, já que essa data programada é justamente para que não passe nenhum período sem a devida defesa no organismo.

Ainda que o sistema de saúde no Brasil não esteja entre os melhores do mundo, as campanhas de vacinação são muito bem feitas e atendem a todos. Portanto, é fundamental que os pais sigam o calendário rigorosamente, em prol da saúde dos seus filhos.

Quando a vacina deve ser adiada?

Algumas razões podem postergar a vacinação das crianças: problemas de saúde, como infecções ou gripe forte, principalmente se houver febre.

As doses também devem ser adiadas, caso o bebê esteja fazendo tratamento com fármacos que reduzem a imunidade, como os corticoides, por exemplo.

Resfriados leves e alergias corriqueiras não são, geralmente, motivos suficientes para protelar a vacinação. Na dúvida, converse com um pediatra de sua confiança.

Como manter a calma durante a vacinação?

Vale lembrar que o bebê não está ansioso, pois os bebês não têm ideia do que está acontecendo. Não raro, são os adultos que os deixam inseguros. Por isso, no momento da vacina, mantenha a calma. Abrace a criança carinhosamente para acalmá-la também.

No entanto, as injeções podem ser bastante dolorosas e algumas táticas podem ser utilizadas para tornar o momento menos traumático para todos. Se o bebê ainda está sendo amamentado, alimentá-lo durante as vacinas é um ótimo meio de confortá-lo.

Para as crianças maiores, uma boa tática é conversar, cantar ou balançar a criança lentamente. Brinquedos também são muito válidos para distraí-las. Vale ressaltar, ainda, que algumas vacinas podem causar reações, mas normalmente não passam de um dia.

Agora que você já sabe tudo sobre as primeiras vacinas do bebê, confira o cartão de vacinação de seu filho e veja se está tudo em dia. A vacinação é extremamente importante para a prevenção de doenças e para que todas as crianças cresçam saudáveis!