A papinha de supermercado costuma ser um tema bastante controverso nas rodas de conversas entre pais, médicos e nutricionistas. Há quem recrimine o seu consumo, assim como muitas pessoas não veem problemas e optam pela sua praticidade.
A fase de introdução aos alimentos sólidos é extremamente importante para a criança e, para não gerar ainda mais dúvidas, separamos algumas das principais perguntas relacionadas ao assunto. Acompanhe o post de hoje para aprender mais e refletir sobre o consumo da papinha de supermercado.
A papinha industrializada faz mal?
Apesar da polêmica, as papinhas industrializadas são saudáveis e podem ser boas alternativas para a alimentação do bebê. As críticas normalmente são direcionadas ao pais que alimentam seus filhos exclusivamente com esse tipo de produto.
Na correria do dia a dia, a comodidade de comprar o alimento pronto é tentadora. Contudo, o consumo de comidas industrializadas é um hábito que não deve ser mantido nem por crianças, nem por adultos.
É bom que existam opções práticas e saudáveis para as emergências, mas, sempre que possível, ofereça alimentos frescos ao seu bebê.
A papinha de supermercado contém conservantes?
Por serem fechadas à vácuo, as papinhas industrializadas não requerem a adição de conservantes.
Por isso, quando são abertas e entram em contato com o oxigênio, perdem a esterilização e passam a ter o prazo de validade semelhante ao de um alimento natural e perecível.
O que os pais devem observar nas embalagens?
A primeira coisa a ser observada é se a marca é autorizada pela Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) e se cumpre a determinação de exibir a composição nutricional.
Para fazer uma escolha adequada, confirme se a papinha é livre de corantes e conservantes e também verifique os níveis de sódio e açúcar (quanto menores, melhor).
É interessante observar, ainda, nos rótulos das papinhas salgadas, se essas são compostas por pelo menos um tipo de alimento de cada grupo (carboidratos, proteínas, vitaminas e fibras). Essa formulação garante que a refeição do bebê seja mais completa.
A partir de que idade a criança pode comer a papinha industrializada?
Segundo a Organização Mundial da Saúde, a recomendação é que, até os seis meses de idade, os bebês se alimentem exclusivamente de leite materno. A partir de então, começa o período em que a maioria dos pediatras aconselham os pais a introduzir outros alimentos no dia a dia do bebê.
Portanto, a decisão vai depender dos pais e da orientação do médico pediatra a respeito de quando começar e quando parar de utilizar a papinha industrializada como uma alternativa de refeição.
Como preparar a papinha e por quanto tempo ela pode ser armazenada?
A instrução é de que a papinha seja aquecida no micro-ondas ou em banho-maria, imersa em água quente até que atinja a temperatura ideal. Alguns cuidados, como mexer o conteúdo (para que esquente por inteiro) e não aquecer demais o alimento, são importantes para evitar queimaduras.
O prazo de validade escrito na embalagem — de aproximadamente 6 meses — vale apenas para o produto fechado. Depois de aberto, o consumo deve ser realizado em até 24 horas.
Ou seja, se você abriu o potinho e o bebê comeu apenas um pouco do conteúdo, mantenha a papinha refrigerada até o próximo dia. Se o consumo não ocorrer nesse período, nem pense em congelar: é melhor descartar o produto.
Há contraindicações para a papinha industrializada?
Alguns dos principais motivos alegados pelos críticos da papinha de supermercado são:
- A variedade dos alimentos é restrita, e a papinha caseira pode oferecer uma maior diversidade de opções, sabores e nutrientes.
- A textura pastosa não incentiva o bebê a aprender gradualmente a mastigar os alimentos.
- O desenvolvimento do paladar é prejudicado com a mistura sempre pronta, dificultando a percepção do sabor de cada alimento individualmente.
- Os alimentos in natura são mais ricos em nutrientes, com melhor biodisponibilidade de vitaminas e minerais.
Sabendo disso, tenha em mente que o consumo da papinha industrializada não é proibitivo, porém, deve ser reservado às situações eventuais, como viagens e passeios longos, servindo de complemento a uma boa alimentação fresca e caseira.
E você, o que pensa sobre a papinha de supermercado? Deixe um comentário e compartilhe a sua experiência sobre o assunto!