Se você tem filhos ou cuida de crianças, certamente se preocupa com a qualidade do sono dos pequenos, não é verdade? Então, imagine a seguinte situação: a criança finalmente adormeceu no quarto. Porém, pouco tempo depois, desperta gritando.

Ao chegar no quarto, você a encontra sentada na cama, com uma intensa expressão de terror ou pânico, mas não consegue fazer com que ela se acalme. Minutos depois, a criança volta a adormecer. Ao acordar, é interrogada pelos responsáveis, mas garante não se recordar de nada — esse é o quadro mais comum quando se trata do distúrbio do sono chamado terror noturno infantil.

Os episódios duram, normalmente, de 1 a 10 minutos e são diferentes dos pesadelos e do sonambulismo. De acordo com o Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais (DSM-5), essa parassonia ocorre com mais frequência em crianças pequenas: mais de 35% das crianças com um ano e meio apresentam os principais sintomas, sendo mais comum em meninos.

Quer saber quais são os principais sintomas e o que fazer caso o seu filho apresente crises de terror noturno? Continue a leitura!

Quais são os principais sintomas do terror noturno infantil?

Sinais de ansiedade

Durante o episódio de terror noturno, a criança apresenta alguns sinais claros de ansiedade. A pupila fica muito dilatada e isso é fácil de se observar, já que, normalmente, os olhos ficam bem abertos. A respiração fica ofegante, e o batimento cardíaco, acelerado. Há, também, um aumento considerável da transpiração no corpo todo.

Expressões de terror intenso

Os episódios quase sempre são marcados por um grito de pavor quando a criança desperta de repente. Além disso, as expressões do rosto indicam esse intenso medo ou pânico experimentado.

É muito difícil acordar ou consolar a pessoa durante o episódio e, quando interrogadas, crianças raramente se lembram do que aconteceu ou se sonharam com alguma coisa.

Início do sono

O terror noturno quase sempre acontece no início da noite, no primeiro terço do sono. É raro que episódios ocorram nos cochilos tirados durante o dia.

Um caso clássico de terror noturno infantil pode ser compreendido na seguinte situação: a criança, no início da noite, senta-se de maneira abrupta na cama gritando ou chorando. Ela apresenta uma expressão no rosto de medo, transpira muito, tem os batimentos cardíacos acelerados e a respiração ofegante.

Como lidar com as crises?

Se você identificou esses sintomas em uma criança, saiba a importância de procurar um especialista. Profissionais da área da saúde, em especial pediatras, psiquiatras e psicólogos, saberão analisar as situações de maneira mais adequada e poderão conduzir, junto às crianças e à família, um plano de tratamento e acompanhamento.

O DSM-5 lista febre, sedativos, privação de sono ou perturbações nos horários de dormir, cansaço e estresse físico ou emocional como fatores que aumentam a probabilidade de ocorrência dos episódios. Além disso, há um aumento de até 10 vezes na prevalência do transtorno se os pais apresentam ou apresentaram casos de terror noturno.

Ao procurar um profissional, elabore um diário do sono da criança, deixando registradas informações importantes, como o horário em que ela foi dormir, o horário em que os episódios aconteceram, eventos importantes que ocorreram naquele dia na vida da criança e dados sobre a saúde dela. Dessa forma, o especialista poderá contar com mais informações para elaborar o diagnóstico e a intervenção necessária.

Sabemos que lidar com os episódios de terror noturno infantil é complicado e muito incômodo, especialmente para os pais que identificam os sintomas nos filhos. Você já passou por alguma situação delicada envolvendo esse distúrbio do sono? Deixe seu comentário e conte sua experiência para a gente!