Uma das dúvidas mais comuns das mamães de primeira viagem — e até algumas mais experientes —, é sobre a possibilidade de viajar com seu bebê: é recomendado ou não levar o filhote ainda pequeno para aproveitar um período de descanso com os pais ou conhecer a parte da família que mora longe? Que cuidados devem ser tomados para garantir o bem-estar do pequenino?

Basta os filhos completarem alguns meses de vida para muitos pais ficarem ansiosos para realizar uma viagem em família. Afinal, essa é uma oportunidade de aumentar os laços, viver experiências únicas e ter lembranças inesquecíveis de quando o pequeno ainda cabia nos braços. Porém, logo surge aquela dúvida cruel: é, de fato, possível viajar com o bebê, especialmente de avião, sem enfrentar inúmeros problemas? 

A resposta, ao contrário do que muita gente pensa, é sim! Mas, para isso, saiba que é preciso seguir algumas sugestões importantes para evitar contratempos e garantir que os deslocamentos sejam tranquilos, tanto para você quanto para a criança. Justamente por essa razão, preparamos um post com algumas dicas fundamentais.

No texto de hoje, vamos discutir como deve ser feito o planejamento de uma viagem com o bebê. Pronta para fazer as malinhas do pimpolho?

Escolha o destino ideal para o seu filho

Se a viagem com o neném é motivada pela vontade de lazer e descanso dos pais, a primeira coisa que deve ser feita é escolher bem a destinação: opte sempre por um lugar que seja ideal para receber crianças.

Ao viajar com o bebê, escolha um destino que seja realmente adequado para ele. Isso significa, na prática, dar prioridade ao bem-estar, à segurança e à saúde dele. Portanto, evite lugares em que haverá uma mudança drástica de clima (sair de uma cidade no verão para uma cidade no inverno e vice-versa, por exemplo) ou de participar de roteiros que não são adaptados para crianças, mas sim para adultos.

Além disso, informe-se sobre possíveis restrições e avisos locais sobre epidemias de doenças que estão ocorrendo na região e quais vacinas tanto o seu filho quanto você e seu cônjuge devem tomar. 

Verifique se o hotel conta com berço nos quartos, se é possível esquentar a mamadeira ou papinha do pequeno na cozinha, se existe uma área com brinquedos, caso o pimpolho já consiga engatinhar, e assim por diante.  

Escolhendo locais que ofereçam opções de entretenimento e que garantam conforto e segurança ao bebê, os pais se sentem mais tranquilos para relaxar e curtir o momento em família.

Por último, prepare uma mala sem excessos e devidamente adequada para as atividades que você pretende fazer com o pequeno, como passeios em parques, bosques, praias, parques aquáticos etc. Conjuntos, macacões, bodies, vestidos e mijões são sempre ótimas opções para ter na bagagem! 

Planeje bem a viagem

Com o destino escolhido, é começada a hora de planejar o trajeto.

Você optaram por ir de carro ou ônibus? Separe todos os materiais necessários para entreter ou para dar conforto ao bebê e se planeje também para fazer paradas estratégicas no caminho para descansar ou trocar uma fralda. Estude bem o trajeto para saber quais locais de parada oferecem serviços que garantam maior conforto para você e seu filho.

Se você optou por viajar de avião, estude o tempo de voo e o que pode ser levado na mala de mão para poder entreter e higienizar o bebê durante esse período. Assegure-se também de que o seu voo permita sentar-se em locais mais próximos à porta e que haja espaço suficiente para o carrinho ou o bebê conforto que você vai levar.

Pesquise a melhor forma de chegar até o local desejado

Após escolher o lugar ideal, é essencial que você pesquise a melhor maneira de se deslocar até ele. Afinal, para muitos locais, é possível, além do carro, viajar de ônibus, trem ou avião. “Mas como me decidir entre tantas opções?”, você deve estar se perguntando.

Bem, para chegar a uma decisão, analise não apenas o conforto do meio de transporte, mas principalmente o tempo de duração que ele proporciona — já que trajetos muito longos não são aconselháveis. O avião acaba saindo em vantagem em ambos os quesitos, ainda mais quando o destino é distante da cidade de origem da família.

Porém, confira alguns aspectos antes de já emitir as passagens somente porque elas estão com um preço acessível. Veja se a aeronave dispõe de trocador no banheiro, se ainda há opção de assentos com mais espaço, se a companhia cobra algum valor para transportar crianças com menos de dois anos e se os voos são, de fato, sem escalas ou conexões — visto que ambos podem prolongar (e muito) a viagem.

Tenha a documentação necessária em ordem

A documentação para viajar com o bebê, apesar de ser algo bem simples, costuma gerar muitas dúvidas aos pais. Por isso, vamos esclarecer esse assunto de uma vez por todas na segunda dica do que é necessário ter em mãos nesses momentos.

Para percursos intermunicipais ou interestaduais, por exemplo, é preciso ter a certidão de nascimento ou o RG do seu filho. Para nações pertencentes e associadas ao Mercosul, como Argentina, Uruguai, Chile e Colômbia, basta o RG.

Já para outros destinos internacionais, será preciso, sim, providenciar o passaporte da criança e um seguro saúde — especialmente se o lugar escolhido para ser visitado fizer parte do Tratado de Schengen, como a grande maioria dos países europeus.

Ah, e não se esqueça: é imprescindível ter também o Certificado Internacional de Vacinação, pois ele é o único documento reconhecido no exterior como prova de que tanto o neném quanto você estão devidamente imunizados. Para se ter ideia, quando se trata de voos para fora do país, as próprias companhias aéreas já cobram esse certificado antes de despachar a mala.

Planeje a alimentação do bebê

Outra dica importante sobre como viajar com o bebê é planejar como será a alimentação dele. Isso porque muitos pais não se atentam a esse detalhe e acabam tendo que alimentar o filho não apenas uma, mas duas ou mais vezes durante o trajeto. Com isso, a probabilidade de ter que trocar a fralda da criança também aumenta — o que torna o deslocamento até o destino mais cansativo e trabalhoso. 

Portanto, organize-se! Como? Simples: leve em conta a duração do percurso e procure se adequar a ela. Se a viagem é curta (de uma a três horas, por exemplo), uma boa opção é que o seu filho se alimente ainda em casa. Por outro lado, se ela está acima de oito horas, planeje-se para alimentá-lo a cada quatro horas se ele não estiver dormindo.

Vale lembrar que, caso o neném ainda não tenha desmamado, a mãe pode amamentá-lo durante a decolagem e a aterrissagem. Dessa forma, ele sentirá menos o impacto do popular barotrauma, que causa dor aguda e sensação de ouvido tampado em pessoas de todas as idades, mas é mais intenso nas mais novas.

Nunca se esqueça de levar consigo opções de comida e bebida

Uma das características mais fortes dos babies é a sua imprevisibilidade na hora de comer ou beber: nós nunca sabemos quando eles terão fome ou sede.

Sendo assim, carregue sempre com você nas viagens uma quantidade satisfatória de água e de alguma outra bebida e alternativas de comida, nunca se esquecendo de que o leite materno também é uma ótima opção de alimentação até os dois anos de idade.

Viajar com o bebê é possível e pode ser uma experiência inesquecível para os pais e para o baixinho, especialmente se tudo for bem-planejado e focado no bem-estar da criança. Você já viajou com seu bebê antes? Conte para a gente!

Leve um kit de segurança consigo

Nunca viaje com o seu bebê sem levar tudo que pode ser necessário para garantir a saúde do pequeno no período longe de casa. Por isso, além de levar a mamadeira, os brinquedos, os materiais de conforto e as roupinhas, leve também medicamentos e quaisquer outros utensílios médicos que possam ser necessários em algum momento para atender o seu filho em caso de urgência.

Lembre-se também de ir ao pediatra antes da viagem para saber o que pode e o que deve ser levado por você.

Flexibilidade é a chave do sucesso

Viajar com o seu guri ou a sua guria é uma experiência inesquecível, porém não se esqueça de que, como em qualquer outra situação com o bebê, imprevistos são comuns ao longo do dia (ou da noite). Por esse motivo, seja flexível: não se frustre quando tiver que mudar algum plano porque o bebê dormiu cedo demais ou porque teve cólicas naquele momento que dificultaram alguma programação.

Viajar com crianças, especialmente com as mais pequenas, é saber lidar com esses imprevistos e procurar se divertir com outras situações não planejadas. Lembre-se de que a viagem também é uma oportunidade de você estreitar a relação com seu filhote, e não necessariamente só fazer turismo carregando-o no colo.

Conte com distrações para a criança

Se, para adultos, uma viagem com horas de duração é facilmente considerada cansativa, imagine para um bebê que está tendo a sua primeira experiência do tipo. Afinal, não se trata apenas dos incômodos físicos durante o percurso (como o barotrauma, que citamos há pouco), mas também das possíveis turbulências que podem ocorrer no caminho.

Por isso, ao viajar com o bebê, é necessário pensar em alternativas para distraí-lo e tornar o ambiente mais confortável e interativo, especialmente se o pequeno já tem entre um e dois anos de vida — uma vez que, nessa faixa etária, ele já demonstra preferências por determinados acessórios, como bonecos e pelúcias.

Contudo, atenção: salvo as viagens que você fará de carro, evite levar brinquedos que emitem barulhos em outros meios de transporte (ônibus, trem, avião, etc.). Assim, você não incomoda os outros passageiros nem dá margem para reclamações.

Gostou das nossas dicas sobre como viajar com o bebê? Então, não deixe de segui-las para garantir o bem-estar, a saúde e o conforto do seu filho! Ah, e uma sugestão importante: sempre conte com uma farmacinha — com remédios prescritos pelo pediatra do pequeno — para estar devidamente preparado para imprevistos!