A gestação é uma das fases mais importantes na vida de um casal. E, logo ao pensar no assunto, surgem diversas dúvidas e incertezas, geralmente reproduzidas por familiares e vizinhos, que podem confundir os futuros pais. Para evitar a insegurança, é melhor conhecer mais sobre o assunto e descobrir os mitos da gravidez.
Assim que o casal decide ter filhos, é fundamental procurar por um médico especialista no assunto. Cabe a ele solicitar os exames de rotina e iniciar algumas medidas, como suplementação de vitaminas, de acordo com a indicação médica. Além disso, durante as consultas, muitas dúvidas podem ser esclarecidas.
Mas e você? Sabe quais são os principais mitos sobre a gravidez? Continue acompanhando nosso artigo! Vamos falar melhor sobre o assunto.
Fazer sexo na gravidez faz mal para o bebê
Este é um dos mitos mais propagados, mas, na verdade, a atividade sexual durante uma gravidez saudável é completamente segura e recomendada. É importante o acompanhamento regular no pré-natal, e, desde que não haja nenhuma contraindicação médica, o sexo pode ser praticado nos nove meses de gestação.
Com o aumento dos hormônios e a maior lubrificação da vagina, a libido da mulher pode inclusive aumentar, especialmente na segunda metade da gestação. O casal deve então ir se adaptando, e procurando posições que deem maior segurança e conforto conforme a barriga for crescendo.
O bebê não é prejudicado e não sofre nenhum mal com a prática sexual do casal. Ele está bem protegido no corpo da mãe, pela musculatura do útero e pelas membranas que o envolvem — como o líquido amniótico.
Não é permitido tomar café na gestação
Mais um mito! O café não é proibido durante a gestação e nem causa prejuízos na formação do bebê, porém seu consumo deve ser moderado. É recomendado tomar até duas xícaras da bebida por dia.
Quantidades acima disso devem ser evitadas, porque o café contém cafeína, que, em grandes quantidades, pode provocar anemia e insônia. Outros alimentos que também possuem cafeína e devem ser consumidos com moderação são os chás, chocolates e refrigerantes.
Comer mariscos e frutos do mar é proibido
Mito. Quando bem cozidos e preparados, não há problemas em consumir mariscos e frutos do mar durante a gestação. O perigo está em comer esses alimentos ainda crus ou mal preparados. Essas comidas podem ser a causa de infecções, como a gastroenterite, por exemplo, especialmente as ostras e os mexilhões crus.
O mesmo vale para legumes, verduras e frutas. Esses alimentos devem ser muito bem lavados antes do consumo e preparados com toda a higiene. Evite comer salada em restaurantes nos quais não se conhece a procedência.
Ficar em jejum melhora o enjoo na gravidez
Este é mais um dos mitos espalhados por aí. É muito comum mulheres grávidas se queixarem de enjoos, especialmente durante o primeiro trimestre. E, na tentativa de melhorar esse sintoma desagradável, muitas pessoas recomendam ficar sem se alimentar para diminuir essa sensação.
Os enjoos acontecem independentemente da presença de alimento no estômago, e, no estágio de jejum, podem inclusive ser mais fortes. É recomendado que as gestantes se alimentem regularmente em intervalos menores de tempo e em porções menores de comida, sempre mantendo uma glicemia constante.
Para amenizar o quadro de enjoos, evite os alimentos que pioram o quadro, especialmente aqueles que possuem aromas fortes. Procure se alimentar de comidas mais naturais e leves — como frutas, cereais, saladas, além de se hidratar tomando bastante água.
Ingerir bebidas alcoólicas em poucas quantidades é seguro
Mito! Não é recomendado o consumo de álcool na gravidez, mesmo que em pequenas quantidades. Não é bem definido qual é o valor mínimo de álcool que faz mal para a formação do bebê, e, dessa forma, é desestimulado o consumo de qualquer bebida que contenha a substância, mesmo em percentuais menores.
O álcool atravessa a placenta e chega à corrente sanguínea do bebê, que poderá desenvolver a síndrome de abstinência alcoólica fetal, ou seja, terá os sintomas parecidos com o de um adulto em privação do vício.
Além disso, podem surgir na infância, à medida que a criança for se desenvolvendo, dificuldades de fala e comunicação, de concentração e de hiperatividade. Portanto, o melhor é ficar longe das bebidas!
Praticar exercícios físicos durante a gravidez faz mal para o bebê
Não é verdade! Nem todos os exercícios permitidos às mulheres que não estão grávidas podem ser realizados por uma gestante, mas, quando tem indicação e supervisão de um profissional especializado, são mais do que recomendados.
Atividade física regular ajuda a manter o corpo saudável, melhorando o bem-estar da mãe e do bebê. Exercícios de baixo impacto, como o pilates, a hidroginástica e a caminhada, são recomendados durante a gestação. Mas lembre-se sempre de procurar acompanhamento de um especialista e não exagerar na intensidade.
Se a gestante tiver o seio pequeno, produzirá menos leite
Mito. Não é correto relacionar o tamanho dos seios com a produção de leite pela mãe. A lactação dependerá da presença de glândulas mamárias, que, até o final da gestação, já estarão bem desenvolvidas, fornecendo a quantidade de leite necessário para nutrir o seu bebê de forma saudável.
O formato da barriga indica o gênero do bebê
Com certeza, você já deve ter ouvido esse mito. Não é possível determinar o sexo do bebê pelo formato da barriga da mãe. Muitos ainda acreditam que a gestante que tem barriga larga terá uma menina e se for pontiaguda nascerá menino, mas, cientificamente, não há nada que comprove tal fato.
Para saber o gênero do bebê, é indicado realizar a ultrassonografia. Por meio do aparelho de ultrassom, o médico obstetra poderá ver as imagens do bebê de dentro do útero e predizer o gênero. Às vezes, a posição do bebê na barriga da mãe não é favorável e pode ser um pouco difícil de visualizar a genitália, sendo necessário repetir o exame.
Esperamos que você tenha esclarecido melhor os mitos da gravidez e esteja mais segura e preparada para este momento tão importante. É normal surgirem dúvidas, principalmente em pais de primeira viagem. Por isso, a importância de procurar um médico especialista e fazer o acompanhamento regularmente.