A obesidade infantil é determinada quando a criança está muito acima do peso indicado para sua altura e idade. Normalmente adquirida por maus hábitos alimentares somados ao sedentarismo, o problema, que era exclusivo de adultos, hoje em dia atinge uma a cada três crianças no Brasil, de acordo com os dados do IBGE.
A obesidade infantil é uma condição séria e que merece muita atenção. Por isso, continue a leitura e entenda quais as causas e consequências dessa epidemia.
O que causa a obesidade infantil?
Devido ao aleitamento materno, a obesidade infantil pode ter suas causas determinadas logo nos primeiros meses e anos de vida. Há estudos que apontam uma forte relação entre um curto tempo de amamentação e o desenvolvimento da obesidade. Ou seja, quanto mais tempo se estender o aleitamento materno, menores são as chances de a criança desenvolver obesidade infantil.
Além disso, o problema pode ser causado por vários outros fatores, como distúrbios alimentares, sedentarismo, consumo excessivo de açúcares e alimentos industrializados, lanches feitos em excesso, falta de consumo de frutas e verduras que possuem nutrientes essenciais e até mesmo uma relação familiar conturbada.
A hereditariedade do problema também é um grande culpado pela obesidade infantil. Ou seja, é possível que a criança herde genes dos pais que levem a um desenvolvimento e distribuição anormais da gordura no corpo. Filhos de pais obesos têm de 60% a 80% a mais de chances de também sofrerem com o problema. Se apenas um dos pais é obeso, o risco diminui para 40%; e se ambos os pais tiverem peso normal, ainda restam 15% de probabilidade de a criança herdar esses genes.
Há ainda a decorrência de alguma condição médica, como síndromes e doenças hormonais, ou o uso de medicamentos à base de corticóides. A combinação de alguns desses fatores pode aumentar ainda mais o risco do problema ocorrer, por isso é tão importante proporcionar uma alimentação saudável para as crianças, realizar atividades físicas com elas e se atentar ao histórico familiar. Esse cuidado pode ajudar a prevenir a doença não apenas na infância, mas ao longo da vida toda.
Quais são as consequências?
O desenvolvimento da condição pode levar a criança a sofrer uma série de efeitos colaterais — e isso não apenas durante a infância, mas ao longo de toda a sua vida, mesmo com o problema sendo tratado. Dentre as consequências da obesidade infantil, que podem dividir-se entre físicas e psicológicas, estão:
Consequências físicas
O excesso de peso pode afetar a criança fisicamente de diversas formas, fazendo com que ela tenha maior disposição ao desenvolvimento de:
- Hipertensão (aumento da pressão arterial)
- Dislipidemia (anomalia nos níveis de líquidos e/ou lipoproteína na corrente sanguínea)
- Doenças cardiovasculares
- Problemas pulmonares
- Distúrbios gastrointestinais
- Problemas endócrinos (como o hipotireoidismo)
- Problemas nos ossos e nas articulações
- Alterações no sono
- Amadurecimento prematuro, principalmente em meninas
- Colesterol alto
- Diabetes e outros distúrbios hepáticos
Consequências psicológicas
Como vemos nos adultos, a obesidade pode afetar muito o psicológico também, causando uma diminuição na autoestima, desânimo e até depressão. O mesmo acontece com a criança, que pode sofrer uma queda no seu rendimento escolar, se isolar, se sentir discriminada e, além do risco de sofrer com a depressão, ainda passar por transtornos que levam a outros problemas, como a bulimia e a anorexia nervosa.
Existe até mesmo a possibilidade de, durante a adolescência ou na fase adulta, a obesidade adquirida ainda na infância levar a um comportamento de risco, como o abuso de álcool, tabaco e outros tipos de drogas.
Como podemos ver, a obesidade infantil é um problema bem sério e por isso é fundamental se conscientizar e manter atenção constante ao desenvolvimento da criança. Mantenha práticas saudáveis com seu filho e não se esqueça de levá-lo a um nutricionista. Assim, você o influencia a ter bons hábitos durante toda a vida.