A realização de um plano de parto é a primeira entre as recomendações da Organização Mundial da Saúde (OMS) para melhorar o nível de atendimento à parturiente. O documento é muito importante, pois registra as escolhas da mulher sobre o nascimento do seu bebê.
Embora tenha surgido nos Estados Unidos há cerca de 30 anos, muitos casais ainda têm dúvidas sobre como elaborar o plano de parto e quais são as suas funções. Neste post, você encontra informações e dicas de como produzir esse guia.
O que é o plano de parto?
O documento é um texto em que a mãe e o pai deixam registradas as escolhas nas etapas do parto. Pode ser feito em formato de lista ou carta corrida, assinado pelos pais e pelo médico.
Suas principais funções são fazer com que a mulher conheça e pense sobre cada fase do parto, deixar bem claro quais são suas preferências e evitar imprevistos difíceis de solucionar. É o que vai permitir que a equipe acesse facilmente os desejos da mãe sobre aquele procedimento.
Como fazer?
Para elaborar o plano de parto, primeiro converse com o seu médico sobre os procedimentos comuns e se informe para poder fazer suas escolhas. Reflita sobre o que você quer e o que não quer nesse momento e, então, faça uma lista.
Comece por questões do trabalho de parto. Você deseja a presença de um acompanhante? Quem será? Quer a raspagem dos pelos pubianos? Como? Pense também na sua movimentação enquanto espera o parto e sobre o uso de ocitocina e soro.
Sobre o momento do parto, é interessante listar suas escolhas sobre a posição desejada, possíveis cortes na vagina, ruptura artificial da bolsa e se o bebê será colocado em contato com você imediatamente ou não. Especifique também decisões sobre uma possível cesariana.
Por fim, liste os detalhes do pós-parto e dos cuidados com o bebê: expulsão da placenta, amamentação, local onde prefere que o seu filho fique a maior parte do tempo etc. Os itens que devem entrar na lista serão identificados ao longo dos meses, à medida que a gestante conversa com o médico.
Quando fazer e entregar?
As perguntas podem ser feitas ao especialista desde a primeira consulta. Durante os primeiros meses, a mãe pode ir acumulando toda informação possível sobre o assunto. A partir do sexto ou do sétimo mês, o documento pode começar a ser escrito.
Mostre o plano de parto para o médico assim que preencher a maior parte do conteúdo e converse com ele sobre as possibilidades. Deixe para entregar uma cópia assinada para ele e para o hospital apenas quando o parto estiver bem próximo, pois sempre podem surgir alterações.
O documento facilita que as escolhas da mãe fiquem acessíveis, mas lembre-se de que não se trata de uma lista de ordens, e sim de um ponto de partida. É um direito da gestante especificar suas preferências. Caso a instituição não aceite receber o plano de parto, a mulher pode recorrer à Justiça para garantir esse direito.
Já possui alguma experiência com o plano de parto? Ainda tem dúvidas sobre como fazê-lo? Divida suas questões com a gente nos comentários.