A tecnologia já invadiu a casa de todos os brasileiros, e nos surpreendemos quando uma criança consegue mexer no celular ou em qualquer outro aparelho tecnológico, como um tablet, melhor que um adulto. Alguns pequenos até mesmo ensinam seus pais a usar o aparelho.
Mas e quando brinquedos como quebra-cabeças, jogos de montar e bonecos dão lugar a computadores e smartphones? Muitos pais ficam na dúvida sobre deixar ou não os eletrônicos na mão de seus filhos. Afinal, um desenvolvimento saudável compreende brincadeiras de criança, como corre-corre, jogos de tabuleiro, faz-de-conta, esconde-esconde, entre outros tipos de diversão. Em um mundo em que os aparelhos eletrônicos são os protagonistas da infância, confira a seguir como o uso excessivo dos eletrônicos pode ser prejudicial para as crianças!
Problemas na hora do sono
O uso em excesso dos aparelhos gera certo grau de vício na criança. E isso pode até mesmo afetar o sono da criança, já que muitos deixam de dormir para ter mais tempo para navegar na web, jogar e conversar com os colegas. E vale lembrar que noites maldormidas podem causar problemas de crescimento.
Portanto, os pais devem ficar atentos horas antes do momento de dormir, e deixar os aparelhos longe do filho nesses momentos. Dê preferência à leitura na hora de dormir, que é um hábito muito mais saudável, e ainda estimula o pequeno a apreciar os livros. Além disso, escutar histórias faz com que a criança desenvolva sua criatividade e imaginação.
Estímulo do sedentarismo
O uso excessivo de aparelhos tem contribuído para a obesidade, já que as crianças gastam muito menos calorias em frente à telinha em comparação às brincadeiras como corrida, esconde-esconde ou pega-pega, em que a garotada costuma correr bastante. Por isso, a obesidade está fortemente ligada ao sedentarismo causado pelo uso dos eletrônicos. Procure incentivar seu filho a deixar de lado os eletrônicos para brincar com outras crianças ou com brinquedos que incentivam a ação e o movimento. O hábito ainda estimula o convívio social.
Problemas emocionais
Diversas pesquisas já associaram o uso em excesso dos aparelhos eletrônicos a possíveis distúrbios emocionais. Problemas como ansiedade, depressão, psicose e transtorno bipolar são apenas alguns deles. Vale ressaltar que crianças costumam repetir os comportamentos dos personagens considerados como referências, e os pequenos tendem a adotar atitudes mais agressivas quando em contato com videogames ou filmes violentos demais. Deixar os eletrônicos fora da rotina das crianças ou estabelecer um limite por semana do uso dos aparelhos é a melhor forma de controlar o uso em excesso da tecnologia.
Emissão de radiação
Em 2011, a OMS, Organização Mundial de Saúde, apontou que os celulares, além de outros dispositivos sem fio, apresentam um risco de modalidade 2B (risco de câncer) por causa da emissão de radiação. E como as crianças costumam ser mais sensíveis a diversos agentes em comparação aos adultos, já que seus sistemas imunológicos e cérebros ainda estão em fase de desenvolvimento, esses aparelhos podem oferecer risco aos pequenos. Mais um motivo para deixar os eletrônicos longe da garotada e não incentivar o uso dos aparelhos ainda na infância.
Atraso no desenvolvimento cerebral
Você sabia que os cérebros dos bebês crescem de uma forma assustadora nos primeiros anos de vida? Até os dois anos de idade, o órgão praticamente triplica de tamanho. Durante esse tempo, qualquer estímulo ao ambiente é fundamental para que o bebê defina a eficiência do desenvolvimento do cérebro. Diversas pesquisas têm indicado que a exposição em excesso a aparelhos eletrônicos durante essa fase da vida pode afetar a saúde do bebê, além de causar problemas na atenção do pequeno e causar distúrbios de aprendizado e atrasos cognitivos. Não incentive seu filho a brincar com eletrônicos ainda muito novo para não atrapalhar seu crescimento saudável. Evite os aparelhos, no mínimo, até os dois anos de idade.
Prejuízo da saúde ocular
Muitos pais nem imaginam, mas o uso em excesso dos aparelhos eletrônicos chega a prejudicar até a saúde ocular dos pequenos, aumentando a chance do surgimento de problemas na visão, como miopia, por exemplo. Embora a maioria dos casos de miopia ainda na infância ocorra por motivos hereditários, estudos já apontam que o esforço na vista feito por conta do uso dos aparelhos está associado à miopia.
Isso porque, ao ficarmos de frente para a tela do computador, além de vários outros eletrônicos, fazemos algum tipo de esforço para manter a atenção. Isso de certa forma resulta em fadiga, trazendo diversas alterações no olho que levam ao problema ocular. Portanto, não estimule a utilização dos eletrônicos na rotina dos seus filhos, já que seu uso pode trazer problemas para a visão deles.
O equilíbrio no uso de eletrônicos
É muito importante encontrar um equilíbrio saudável no uso dos aparelhos para não trazer problemas diversos à criançada. Embora alguns pais já tenham compreendido que a infância de seus filhos dificilmente será a mesma que tiveram em outras décadas, é essencial estabelecer limites quanto à utilização de smartphones, computadores e tablets.
Por mais que seja complicado, procure definir horários em que os aparelhos serão usados e jamais deixe a criança levar o eletrônico para a cama momentos antes de dormir, para não atrapalhar seu sono. E procure deixar esses aparelhos longe da criança ao menos nos seus primeiros dois anos de vida. Ao estabelecer um limite no uso dos aparelhos, fica mais simples encontrar um equilíbrio que não prejudique o desenvolvimento da criança e que não afete sua saúde.
A tecnologia em excesso pode ser muito prejudicial à saúde e ao desenvolvimento das crianças. Por isso, é muito importante que os pais imponham limites quanto ao uso dos aparelhos. O uso excessivo dos eletrônicos, como vimos, pode trazer muitos problemas ao desenvolvimento das crianças e também em sua educação infantil, como falta de atenção, obesidade, miopia e sedentarismo, entre outros.
Que tal estimular a criatividade do seu filho com brincadeiras de criança? Mostre ao pequeno que existe um mundo além dos eletrônicos! E você, acha que tecnologia excessiva na rotina das crianças pode ser prejudicial? Deixe seu comentário!